A empresa Odebrecht, pivô das investigações da Operação Lava Jato, ajuizou o pedido de recuperação judicial na segunda-feira (17/6). Para o advogado Carlos Alberto Farracha de Castro, sócio do escritório Farracha de Castro e Advogados, o pedido reflete a mudança da conjuntura do mercado, que não compactua com atos de corrupção.
O saldo devido pelo Grupo Odebrecht chega a R$ 98,5 bilhões e é considerada a maior recuperação judicial da história do país. Dentre os maiores credores que aparecem no processo protocolado, estão a Atvos, representado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o Bradesco e o Itaú.
Farracha de Castro explica que a recuperação judicial afeta vários segmentos da empresa. “Infelizmente representa sérios riscos sociais aos trabalhadores envolvidos, além de colaboradores, fornecedores e das controvérsias jurídicas que surgirão no seu curso como, por exemplo, os credores e as sociedades sujeitas a recuperação”, observa o advogado.
Farracha de Castro avalia recuperação judicial da Odebrecht como retrato da mudança de conjuntura do mercado
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