Marcos iniciais da utilização do Metaverso na Administração Pública.

Durante a pandemia, não tivemos escolha a não ser nos aproximarmos ainda mais da tecnologia em geral. Inclusive, durante esse período, deram-nos ciência da criação do espaço de realidade virtual e aumentada, o “metaverso”, cuja ferramenta vem sendo desmistificada pela Administração Pública.

A título de exemplo, temos a Prefeitura de Uberlândia/MG (que já vinha utilizando o espaço de realidade virtual e aumentada para reuniões), há poucos dias inovou ao utilizar do mesmo ambiente para o setor de licitações, mais especificamente para a confirmação por assinatura da venda de lotes do Polo Tecnológico Sul.

A cidade se tornou, assim, a primeira do país a utilizar a ferramenta, para, como a mesma descreve em seu site oficial, “realizar um ato administrativo simbólico de homologação e adjudicação de uma concorrência pública”.

Nesse mesmo universo virtual imersivo e hiper-realista, a Justiça Federal da Paraíba (por coincidência também no mês de setembro) realizou a primeira audiência judicial do Brasil.

Conforme descrito no portal do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), “foi uma sessão conciliatória em que as partes (autora e ré), representadas pelos respectivos avatares customizados em 3D, firmaram um acordo, pondo fim a um processo que tramitava desde 2018”.

Percebe-se, assim, que no mundo jurídico o metaverso vem cada vez mais trilhando o seu caminho. Ao que nos parece, tende. com o passar do tempo, tornar-se uma ferramenta de uso cotidiano, como, por exemplo, veio a ocorrer com a utilização das plataformas licitatórias ou ainda dos sistemas jurídicos dos Tribunais.

Lembre-se que até a muito pouco tempo atrás, as licitações ocorriam somente de forma presencial e os processos judiciais eram todos físicos. Temos que considerar, que, em verdade, no passado chegamos a duvidar até mesmo da utilidade da própria internet, e aqui estamos, reféns de sua utilização em nosso dia a dia.

Do atual cenário, uma coisa é certa: é preciso estar aberto ao novo, se o metaverso veio para facilitar as nossas vidas, de modo a abarcar as suas benesses para o cenário jurídico, cabe a nós sermos perseverantes na busca pela adaptação de seu meio.

A Farracha de Castro Advogados se coloca à disposição para mais informações sobre o tema.

Fabíola de Barros Wahrhaftig