O aplicativo A.DOT, desenvolvido pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), acaba de completar um ano. Pioneiro no Brasil, ele dá visibilidade a crianças e a adolescentes que não se encaixam no perfil mais procurado pelos pretendentes à adoção. Segundo um dos principais idealizadores do projeto, o Juiz Auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça do TJPR Sérgio Luiz Kreuz, a ideia surgiu em 2017, quando ele passou a reunir representantes de grupos de apoio e entidades parceiras, como a agência Bla&Blu e o Tribunal Regional do Trabalho da 9ª região, que tornaram possível a criação e a efetividade do A.DOT. “Esse é o primeiro aplicativo de adoção do Brasil, e talvez do mundo. Ele não foi feito para curiosos, mas para aqueles que já passaram por todo o processo de habilitação”, explicou.
Desde a criação do A.DOT, quase 13 mil pessoas já fizeram o download da plataforma nas lojas de aplicativos de celulares. Desse total, em torno de 4 mil tiveram autorização para acessar as informações das crianças e dos adolescentes. Qualquer magistrado do Brasil pode encaminhar vídeos e fotos para inclusão no aplicativo e esse material é acessado pelos pretendentes à adoção autorizados a usar a plataforma.
Atualmente, 8 crianças e adolescentes já foram adotados pelo aplicativo, e outros 20 estão na fase de convivência com as famílias. “Essas adoções estavam praticamente inviabilizadas. Essas crianças não iriam mais ser adotadas”, explica o Juiz Sérgio Kreuz.