Curitiba tem consolidado seu lugar de destaque no mercado imobiliário nos últimos anos. Após ter registrado, em 2024, a maior valorização de imóveis residenciais entre as capitais do país, a cidade tem boas perspectivas em 2025 para o setor.
A valorização imobiliária tem sido influenciada por melhorias urbanas que refletem a boa qualidade de vida oferecida pela cidade, pela construção de novos empreendimentos e unidades e por um fortalecimento econômico geral pelo qual a cidade tem passado nos últimos anos.
Assim, Curitiba iniciou o ano com as atividades neste mercado bastante aquecidas. De acordo com o Índice FipeZAP, em fevereiro deste ano houve um aumento de 0,68% preço dos imóveis residenciais na capital, com o preço médio para venda desse tipo de imóvel de R$ 10.831/m² – sendo a capital a quarta cidade mais valorizada do país entre as avaliadas. No mês anterior, o incremento foi de 0,59%, segundo o mesmo Índice.
Vale destacar a valorização particularmente relevante de imóveis usados na cidade, em especial no Centro. Ao passo que algumas cidades, inclusive grandes capitais, como São Paulo, enfrentam problemas relacionados à degradação de suas áreas centrais, o núcleo central curitibano tem tido alta em negociações envolvendo imóveis usados – a VUSO (Venda de Usados Sobre Oferta) foi de 9,8% para o Centro no primeiro mês do ano. Outros bairros que lideram as negociações de usados são o Portão (9,3%), o Bigorrilho (5,7%), o Água Verde e o CIC (4,6% cada).
No geral, a VUSO foi de 4,1% em janeiro deste ano, representando um aumento em relação aos últimos meses, como também em relação ao primeiro mês dos anos anteriores.
A VSO (Venda Sobre Oferta), por sua vez, no mesmo mês, foi de 1,8% – melhor desempenho para o mês de janeiro desde 2022.
A atratividade para investidores também tem crescido nesse cenário. A locação de imóveis, por exemplo, se torna cada vez mais vantajosa, existindo considerável demanda e bom potencial de renda passiva além de que os preços de aluguel também têm se elevado. Além disso, há interesse na segurança dos investimentos imobiliários, visto que o ativo tem tendência a manter seu valor, mesmo em períodos economicamente ruins.
Deve-se salientar, também, a elevação dos juros e os custos de financiamento altos – elementos que têm intensificado a já existente tendência de crescimento do interesse em alugar imóveis. Água Verde, Batel, Bigorrilho e Centro são alguns dos bairros mais visados para locações. A valorização desse setor e a consequente alta dos preços beneficia proprietários interessados em rentabilidade constante.
Autor: Felipe Curi Braga